sábado, 17 de abril de 2010

Pollyshop - Kit Left Revolution

A Consciência de Classe do Proletariado Revolucionário


A Consciência de Classe do Proletariado Revolucionário
Escrito por Operário Sindicalizado
Seg, 29 de Março de 2010 09:15
Neste artigo democrático, demonstrarei como o proletariado desperta sua consciência de classe para executar a Revolução Comunista. Karl Marx, em nosso (e não "dele", pois tudo o que existe no mundo é do Povo) livro O Capital, explica que, quanto mais o proletariado for explorado pela burguesia, mais vai tomar consciência de seu papel histórico transformador da sociedade.

Ou seja, a consciência de classe do proletariado é despertada por sua exploração pela classe burguesa. Isso acontece porque o proletariado é a classe escolhida para fazer a Revolução. Logo, como o proletariado é a classe naturalmente revolucionária, é também a classe explorada. Sendo a classe explorada, é a classe que fará a Revolução. Q.E.D.

No trecho abaixo do Manifesto do Partido Comunista, Marx prova que só o proletariado é uma classe verdadeiramente revolucionária:

(...) só o proletariado é uma classe verdadeiramente revolucionária. (Manifesto do Partido Comunista)

Sendo assim, a extração do produto do trabalho do proletariado pelos burgueses industriais levará a uma crescente organização e tomada de consciência de classe do proletariado, como mostrado no gráfico 1:




O gráfico demonstra que há um relacionamento íntimo entre a extração da mais-valia e consciência de classe proletária. É o mesmo tipo de correlação que vemos entre o surgimento de icebergs e a construção de navios, como mostra o gráfico 2:



Logo, assim como o mar reage ao surgimento de navios, o proletariado reage à exploração dos burgueses, engendrando a Revolução Socialista. A alienação dos trabalhadores estará terminada e os meios de produção voltarão para as mãos deles, assim como era no período pré-capitalista.


Artigo Revolucionário publicado em novembro de 2006 no Jornal Opinião Popular, o jornal do POVO. Está sendo republicado, na íntegra, devido ao interesse crescente pelos estudos marxistas na atualidade.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Igreja absolve os Beatles de "blasfêmia" e "satanismo"

São Paulo, terça-feira, 13 de abril de 2010
da FOLHA
MÚSICA

Igreja absolve os Beatles de "blasfêmia" e "satanismo"


DA REPORTAGEM LOCAL

A Igreja Católica ofereceu seu perdão à blasfêmia e aos excessos dos anos de sexo, drogas e rock and roll protagonizados pela banda que um dia se autointitulou "mais popular do que Jesus Cristo": os Beatles.

Em artigo publicado na primeira página do "Observatório Romano" deste fim de semana, o diário oficial do Vaticano celebra o legado do quarteto e oferece a absolvição completa. "Tudo isso ficou no passado", diz o texto.

A publicação ocorre 40 anos após o término da banda e relativiza interpretações antigas de que os Beatles disseminavam "mensagens misteriosas, que poderiam até mesmo serem consideradas como satânicas".

O texto avalia que o abuso de substâncias e o estilo de vida "desinibido" que acompanhou a carreira do grupo poderia não ser o melhor exemplo para os jovens da época, mas também não pode ser considerado o pior.

GILBERTO DIMENSTEIN - Eu e o resto do mundo

São Paulo, quarta-feira, 14 de abril de 2010

GILBERTO DIMENSTEIN

Eu e o resto do mundo

NA PROXIMIDADE da crise dos 40, duas publicitárias, amigas desde os tempos em que estudaram na USP, resolveram desorganizar um pouco suas vidas. Acreditavam estar sofrendo do que chamaram de "crise do olhar", cansadas de gastar tempo só vendendo produtos. Mergulharam no caos que lhes parecia a periferia paulistana. O resultado vai ser mostrado hoje, durante um festival de documentários.
Lila Rodrigues e Karina Ades lançam "Eu, o Vinil e o Resto do Mundo", uma investigação, realizada durante quatro anos, sobre o universo dos DJs, seus códigos e baladas. "Reaprendemos a olhar o mundo", conta Karina. "O que não sabemos direito é o que fazer com esse aprendizado", emenda Lila.


Formada em semiótica, Karina foi trabalhar com publicidade. Sempre nas rotas da zona oeste de São Paulo, foi vivendo protegida por muros.
Em sua "crise do olhar", ela foi ficando crescentemente incomodada pelo fato de produzir filmes publicitários que disseminavam imagens de um mundo asséptico com uma estética asséptica. Em 2006, como criava videoclipes, recebeu um convite para filmar um campeonato de DJs em São Paulo -naquele ano, comemorava-se o décimo aniversário do evento. "Notei que estava diante de uma aventura."
A aventura não era produzir o vídeo sobre o campeonato, mas investigar a vida dos DJs e os segredos daquela tribo. Encontrou sua amiga Lila, formada em cinema, vivendo a mesma crise. Sem nenhum dinheiro, saíram pela inóspita periferia atrás de seus personagens.


Pela primeira vez, Karina usaria, involuntariamente, seus conhecimentos de semiótica para entender a linguagem dos DJs. As duas amigas acabaram aprendendo os sinais de uma cidade como São Paulo. Descobriram toda uma rede de solidariedade na periferia, desconhecida para elas, que pertencem ao universo dos incluídos paulistanos, um mundo onde os vizinhos nunca se encontram. "Muitas vezes, senti que o caos estava no meu mundo, não no deles, apesar de tanta pobreza material", diz Lila. Agências de publicidade, afinal, não são ambientes exatamente angelicais e harmoniosos.


O filme será mostrado hoje à noite no festival de documentários "É Tudo Verdade". Karina e Lila não sabem se conseguirão exibi-lo em circuito comercial. Se já é difícil dar destaque comercial a qualquer documentário, mais difícil ainda se o tema for a periferia.
Elas não vão deixar a publicidade, mas saíram da empreitada com um projeto para suas horas vagas. Querem produzir para a internet vídeos de 60 segundos sobre os personagens invisíveis da cidade de São Paulo -tornados, então, visíveis para o resto do mundo.


PS - Coloquei trechos do filme no www.catracalivre.com.br. É uma belíssima reportagem.
gdimen@uol.com.br