domingo, 16 de novembro de 2008

David Lynch



Um dos mais antenados diretores de cinema e artistas no geral é, na minha opinião, David Lynch, já antigo na estrada do cinema, mas cujo último filme tem apenas 2 anos (eu acho): Inland Empire, ou "Império dos Sonhos" em português. Alguns outros clássicos dele são "Cidade dos sonhos", "Eraserhead", "Duna". Nos filmes dele as sensações imperam e toda a realidade sucumbe à impressão do indivíduo, mais ainda, em uma gigante inflexão metalinguística, os filmes tocam no cerne das relações humanas, em especial, daquela que se cria entre o telespectador e aquele que transmite a mensagem, o próprio David Lynch. Ele questiona o próprio ato de confiança do telespectador no que vê no filme, como se a história ali retratada tivesse que seguir uma linha predeterminada; fixando nas relações com o telespectador, e portanto no que o filme causa de sensação nele, o diretor desconstrói a própria verossimilhança da história enquanto fato indiscutível, ou a simples possibilidade disso. Ao colocar em evidência a postura do telespectador ao ver o filme, como é o caso mesmo de Império dos Sonhos, ele acaba se percebendo como telespectador da própria vida, e percebe que a própria realidade em que está inserido basea-se em relações mergulhadas em sensações e sentimentos. Alguns trechos do youtube estão no final da página.

Nenhum comentário: